Leilão que liquidou o plantel faturou R$1,1 milhão e teve como animal mais valorizado um touro vendido por R$16,2 mil
Em leilão marcado pelo aspecto emocional, a cabanha Catanduva liquidou seu plantel de bovinos da raça Angus, dia 05/10/19, na Santa Ursula Remates, em Glorinha. O derradeiro leilão colocou em pista 60 touros e 200 fêmeas, incluindo animais Brangus e Braford. Sob o martelo de Fábio Crespo, o remate acabou com pista limpa e faturamento de R$ 1,1 milhão. O titular da cabanha, Fábio Gomes, não conteve a emoção antes do início do leilão. “Foi uma decisão difícil, mas em razão de eu não ter sucessor nesta área e já estar perto dos 70 anos, tive de reduzir os negócios”, justificou Gomes, que além de pecuarista é advogado. A criação de Brangus será mantida.
As atividades da Catanduva se iniciaram em 1988, contando na época com genética oriunda da cabanha São Bibiano, de Uruguaiana. Desde então, o criatório tornou-se um dos principais do país da seleção genética da raça Angus. “Nasci no campo, saí para fazer a minha formação e quando pude decidi aplicar minha poupança no campo”, recordou Gomes. Segundo o proprietário, a Catanduva foi uma das responsáveis pela introdução do Angus vermelho no Brasil, por meio da importação de 300 fêmeas da Argentina. A cabanha também se empenhou pela criação de uma certificação para a carne Angus. O trabalho da Catanduva foi reconhecido com diversas premiações, incluindo mais de 20 grandes campeonatos na Expointer.
O exemplar mais valorizado do dia foi o touro brangus São Bibiano Sultan 4995, arrematado por R$ 16,2 mil pela Fazenda Elisa, de Goiás. Um dos destaques foi a venda da vaca Catanduva TE390 Tércia TE 127, com renda destinado ao Instituto da Criança com Diabetes. Pela característica especial da oferta, o animal acabou arrematado por R$ 27 mil.
Para os touros, as médias foram de R$ 6,6 mil (Angus), R$ 5,7 mil (Braford) e R$ 7 mil (Brangus). Para as fêmeas, de R$ 3,8 mil (Angus), R$ 2,4 mil (Brangus) e R$ 3,8 mil (Braford).